As florestas do Grupo Arboris, localizadas no município de Dom Eliseu, no nordeste do Pará, estão sendo utilizadas como valiosos laboratórios de pesquisa científica por universidades renomadas. Recentemente, Lohana Vieira, aluna de mestrado em Tecnologia, Recursos Naturais e Sustentabilidade na Amazônia pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), e Lidiane Pereira, acadêmica de Engenharia Florestal, passaram dois dias em uma das fazendas florestais do grupo para coletar amostras de espécies amazônicas.
Sob a orientação dos pesquisadores Dr. Luiz Eduardo de Lima Melo e Dra. Graciene da Silva Mota, as pesquisadoras focaram em duas espécies emblemáticas da região: Manilkara elata (popularmente conhecida como Maçaranduba) e Dipteryx odorata (Cumarú). Com o apoio da equipe técnica do Grupo Arboris, elas coletaram amostras de cascas dessas árvores para realizar uma caracterização anatômica e química, buscando identificar o potencial antioxidante natural dessas espécies.
O estudo detalhado incluirá análises macro e microscópicas da casca, avaliação histoquímica, densidade básica, quantificação de extrativos totais, lignina, suberina, cinzas, além de investigar a presença de fenóis totais, flavonoides, taninos condensados, e elementos inorgânicos. As pesquisadoras também irão avaliar a capacidade de quelação em Zn, Cu e Fe, bem como o potencial antioxidante das cascas coletadas.
Ao todo, dez amostras de cascas foram retiradas de cinco árvores de cada espécie, em um processo de coleta minuciosamente planejado por Lohana Vieira e Ana Lídia de Oliveira, sob a supervisão de Sabrina Benmuyal, garantindo que a atividade fosse conduzida com a máxima eficiência e precisão.
Esta parceria entre as universidades e o Grupo Arboris destaca a importância das florestas como fonte de conhecimento e inovação, contribuindo para o avanço da pesquisa científica na Amazônia e promovendo o uso sustentável dos recursos naturais da região.
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